Como extrair ROI real do South Summit Brazil 2026 e de grandes eventos de inovação

Por Fernanda Melo
Como extrair ROI real do South Summit Brazil 2026 e de grandes eventos de inovação

A cada ano, milhares de executivos desembarcam no Cais Mauá em busca de “conexões”, mas muitos voltam do South Summit Brazil com crachá cheio de cartões e planilha vazia de resultados. Em 2026, com o ...

A cada ano, milhares de executivos desembarcam no Cais Mauá em busca de “conexões”, mas muitos voltam do South Summit Brazil com crachá cheio de cartões e planilha vazia de resultados. Em 2026, com o evento chegando à quinta edição e mais profissionalizado — infraestrutura ampliada, áreas de reunião dobradas, competição global de startups — não dá mais para tratar a viagem a Porto Alegre como passeio de inovação.

Cais Mauá em Porto Alegre com crachá, notebook e painéis de inovação em manhã suave
Descubra como maximizar seu ROI em eventos de inovação e transformar oportunidades em resultados.

A pergunta que deveria guiar a ida ao South Summit e a outras grandes conferências é brutalmente simples: **o que esses três dias vão gerar que eu não conseguiria de outro jeito?** Este checklist mostra, ponto a ponto, como transformar o evento em ROI mensurável em leads qualificados, provas de conceito, parcerias e mídia espontânea.

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Checklist 1 — Decidir se o South Summit 2026 faz sentido para a sua estratégia

O primeiro erro não acontece em Porto Alegre. Acontece na sala de reunião, meses antes: “vamos porque todo mundo vai”.

O South Summit Brazil, que volta ao Cais Mauá entre 25 e 27 de março de 2026, deixou de ser “evento legal de visitar” e passou a figurar entre os principais hubs de inovação do país, com impacto econômico e social comprovado em estudo feito com a Alvarez & Marsal, segundo divulgação oficial do governo gaúcho. Porto Alegre e o Rio Grande do Sul vêm sendo usados pelo governo estadual como vitrine de um ecossistema que mistura startups, universidades e grandes empresas — e o South Summit virou a “cereja do bolo”.

Esse papel é bem diferente de encontros nichados como o Zoox Data Revolution (focado em casa inteligente, dados e IoT), ou de programas de conexão com talentos e startups, como TEIA Connect e CreaLab. Antes de comprar o ingresso, vale encarar a pergunta incômoda: **“esse formato é realmente o melhor veículo para o que eu quero?”**

Defina qual “tipo de ROI” você quer perseguir

ROI de evento não é só contrato assinado na semana seguinte. Especialmente em inovação, o retorno costuma vir em quatro linhas:

Como organizar essa conta sem virar planilha de física quântica

Em eventos com venda direta no stand, a fórmula clássica segue valendo:

`ROI = (Receita gerada – Custos totais) / Custos totais x 100%`

No caso de eventos como o South Summit, em que a maioria das negociações não se fecha na hora, vale emprestar a lógica usada em guias internacionais de ROI de eventos, como os publicados pela Cvent, e **atribuir valor aos leads e às parcerias**:

Use o valor médio de lead ou parceria de outros canais. Exemplo: se um lead qualificado de mídia paga custa R$ 500 e o evento gerou 200 leads do mesmo nível, você tem um “equivalente de mídia/paid” de R$ 100 mil, que entra na conta de retorno.

Isso força escolhas. Para 2026, escolha **no máximo dois focos principais**:

Foco possível 1 — Geração de oportunidades comerciais

Leads qualificados, reuniões com decisores claros, negócios incrementais com clientes atuais. Aqui, o time de vendas precisa sair do evento com pipeline marcado no CRM, não só com boas lembranças do happy hour.

Foco possível 2 — Dealflow com startups

Provas de conceito (PoCs), investimentos via corporate venture, parcerias tecnológicas. Em vez de “conhecer o ecossistema”, trata-se de voltar com uma lista de startups por tese e um número alvo de PoCs a serem abertas.

Foco possível 3 — Marca e mídia

Exposição em palcos, “share of voice” no noticiário de inovação, presença em painéis estratégicos (RS Innovation Stage, POA Stage, etc.). É o tipo de objetivo que só faz sentido com assessoria de imprensa e conteúdo preparados com antecedência.

Foco possível 4 — Talentos

Contratações, banco de talentos, visibilidade em frentes como South Generation, CreaLab, TEIA Connect e hubs locais. Aqui, RH e marketing precisam atuar juntos, em vez de apenas “aproveitar a ida do time”.

Um gerente de inovação de uma indústria química do Vale dos Sinos resumiu bem após a edição de 2025:

“Quando paramos de ir ao South Summit ‘para ver o que acontece’ e escolhemos só dois objetivos — dealflow e marca — o evento começou a se pagar no Excel.”

Verifique se o formato do South Summit é o melhor veículo

Nem todo objetivo combina com um megaevento generalista. E está tudo bem.

#### Grandes feiras como South Summit (Porto Alegre, 25–27/03/2026)

De acordo com dados da organização divulgados em 2025, a quarta edição reuniu mais de 25 mil participantes, mais de mil investidores, 150 fundos, 700 palestrantes e 250 painéis no Cais Mauá. Para 2026, a promessa é de infraestrutura reforçada, duplicação das áreas de reuniões e novos espaços de relacionamento com parceiros.

Melhor uso desse tipo de evento:

#### Eventos nichados como Zoox Data Revolution

O Zoox Data Revolution, em São Paulo, tem foco em casa inteligente, dados e IoT. O público é mais homogêneo: operadoras como Vivo e Claro, ISPs regionais, fabricantes de devices, players de cloud e analytics.

Funciona melhor para:

#### Iniciativas focadas em talentos e ecossistema (CreaLab, TEIA Connect, programas locais)

Programas como CreaLab (voltado a engenharia e tecnologia, em parceria com conselhos regionais) e TEIA Connect (rede de hubs de inovação municipais e estaduais) criam campo de treino para talentos e startups que nascem longe dos grandes centros. Já iniciativas como South Generation, ligadas ao South Summit, aproximam estudantes do ensino fundamental e médio do mundo do trabalho e da tecnologia.

São mais eficazes quando o objetivo é:

Como combinar formatos, na prática

Faça o “stress test” financeiro antes de assinar o contrato

Muita empresa ainda monta estande porque “sobrou budget”. Em feira desse porte, isso costuma terminar em planilha vermelha.

Dois blocos de conta deveriam entrar no radar, inspirados na forma como consultorias costumam tratar investimentos em feiras:

#### Bloco 1 — Investimentos pré-evento

Espaço/estande, projeto arquitetônico, ativação de marca, material promocional, brindes, vídeos, preparação de demonstrações. Aqui também entra o custo de oportunidade do capital: se você investe R$ 150 mil, qual seria o retorno disso em outro canal?

#### Bloco 2 — Despesas durante o evento

Passagens, hospedagem, diárias da equipe, logística, alimentação, transporte, horas extras. E o custo de tirar o time de operações por três dias.

Stress test rápido: a conta fecha?

Quando NÃO faz sentido ir — e a micro-história de quem aprendeu do jeito difícil

Em 2025, uma rede de clínicas médicas do Nordeste decidiu estrear no South Summit com força. R$ 200 mil de orçamento: estande médio, 10 pessoas, agência de branding contratada em cima da hora. Nenhuma meta formal além de “gerar visibilidade” e “ver startups de saúde”.

Resultado: crachá com mais de 300 contatos, muitos deles curiosos de passagem, algumas conversas vagas com healthtechs e uma participação tímida em um painel paralelo. Seis meses depois, nenhum contrato assinado, nenhuma PoC estruturada, nenhuma métrica de talento.

Na revisão de budget de 2026, o CFO foi direto: “não sei justificar esse gasto”. A empresa acabou fora da quinta edição. Ironia: boa parte do problema poderia ter sido evitada com um simples stress test financeiro e dois objetivos claros.

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Checklist 2 — Preparar a equipe para três dias cirúrgicos no Cais Mauá

Eventos como o South Summit estão se profissionalizando rapidamente. Para 2026, a organização fala em mais conforto, melhor infraestrutura térmica, novos espaços de relacionamento e o dobro de áreas de reunião. O gargalo, agora, não é mais o palco. É a disciplina da equipe em campo.

A diferença entre “fizemos contatos legais” e “voltamos com cinco PoCs e R$ 3 milhões de pipeline” passa menos pelo tamanho do estande e mais pela agenda fechada antes do avião decolar.

Transforme “ir ao evento” em projeto com dono, metas e cronograma

Tratar o South Summit como “viagem de equipe” é pedir para jogar dinheiro pela janela. Ele precisa virar projeto, com dono e data de entrega.

Três movimentos mudam o jogo:

#### 1. Nomear um líder de projeto

Alguém de nível coordenação/gerência, com poder de decisão operacional, tempo de agenda e autoridade para dizer “não” para pedidos de última hora.

#### 2. Definir metas numéricas até D-15

#### 3. Organizar um mini “plano de sprints”

Um diretor de corporate venture de uma varejista do Centro-Oeste contou assim:

“A gente parou de medir o South Summit pelo tamanho do estande e começou a medir pela pauta de reuniões marcada até 15 dias antes. O resto virou bônus.”

Treine o time para falar com startups, investidores e mídia em 60 segundos

O corredor do South Summit é rápido. Mesmo com áreas de reunião duplicadas, muita coisa vai acontecer em fila de café, deslocamento entre palcos, lounges lotados. A pior resposta possível a “o que vocês fazem?” continua sendo uma apresentação de cinco minutos.

O que precisa estar pronto — e ensaiado:

#### Elevator pitch da empresa (30–45 segundos)

Focado no que interessa para o público de inovação: problema que resolve, quem atende, diferenciais e o que está buscando no evento (clientes, PoCs, investimentos, talentos).

#### Pitch específico para startups

Tese de inovação aberta, cheques típicos para PoC, tempo médio de contrato, exigências de LGPD, segurança da informação e compliance. O recado precisa deixar claro se a corporação está preparada para pilotar ou se ainda está “no modo palestra”.

#### Pitch para investidores (se você for startup)

Tamanho de mercado, estágio de tração (clientes, MRR), modelo de monetização, rodada atual, uso de recursos. Sem promessa mística de “mudar o mundo” sem número.

#### Mensagem para mídia

Um ângulo claro de notícia: estudo inédito, dado relevante, case com impacto social, anúncio de investimento, entrada em novo mercado.

Vale até um exercício interno simples: simulação de conversa de corredor, com cronômetro, usando colegas de outras áreas como “investidor”, “startup” e “repórter”.

Use os recursos do próprio South Summit (e não só o bar do happy hour)

O South Summit foi desenhado para ser mais do que vitrine. Quem só circula entre palco principal e bar perde metade do potencial.

#### Competição de startups: quando vale se inscrever

A competição de startups, com inscrições gratuitas até 22 de dezembro, é uma das vitrines mais disputadas. As empresas passam por uma curadoria global, e apenas 50 viram finalistas para pitch nos palcos principais. As melhores recebem prêmios em categorias como Destaque, Mais Sustentável, Mais Escalável, Mais Disruptiva e Melhor Equipe, segundo informações oficiais do governo do RS.

Nos últimos anos, o palco ajudou a projetar nomes como a gaúcha Ostera (premiada em 2024, com financiamento do governo do Estado) e a Jusfy, de Santa Maria, que em 2025 levou o troféu de Digital & Tech Solutions e de startup Mais Escalável, de acordo com a cobertura oficial do evento.

Faz sentido entrar nessa briga quando:

Traduzir isso em ROI significa acompanhar leads de investidores, contratos pós-evento e menções em mídia nacional e internacional.

#### Áreas de reunião dobradas: menos turismo de palco, mais conversa séria

Para 2026, a organização anunciou a duplicação das áreas destinadas a reuniões e novos espaços de relacionamento para parceiros. Isso muda o jogo do planejamento:

#### Palcos temáticos e estágios locais: palco também é funil

Em 2025, o RS Innovation Stage, coordenado pela Secretaria de Inovação, Ciência e Tecnologia, recebeu propostas de temas até fevereiro. A prefeitura de Porto Alegre montou o POA Stage ao lado de um dos palcos principais, com programação sobre gestão pública orientada por dados, economia criativa e impacto social. Em paralelo, o South Generation ocupou o Araújo Vianna com milhares de estudantes discutindo futuro do trabalho.

Subir em qualquer um desses palcos não é “ego trip”. É funil.

Micro-história: a climate tech gaúcha que saiu do palco com contratos

Em 2025, a TerraMares, climate tech de Rio Grande (RS) focada em soluções para aquicultura e monitoramento ambiental, chegou à final da Startup Competition na trilha Industry 5.0. Subiu ao palco ao lado de players de defesa cibernética e indústria 4.0.

Três meses depois, a equipe somava:

Não foi “magia do palco”. A empresa chegou com lista de fundos, corporates-alvo e uma rotina de follow-up preparada antes de embarcar.

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Checklist 3 — Medir ROI em quatro frentes: negócios, inovação, marca e talentos

Blog posts internacionais sobre ROI de eventos falam de fórmulas complexas, dashboards cheios de siglas e modelos incrementais. Na vida real, o que importa para quem vai ao South Summit, ao Zoox Data Revolution ou a encontros como TEIA Connect é conseguir responder, com dados, a duas perguntas simples:

Dividir essa análise em quatro frentes deixa o processo mais honesto.

Frente 1 — Negócios: leads, pipeline e receita incremental

Algumas métricas são difíceis de fugir, sob risco de ficar no “achismo”.

#### Leads qualificados gerados

Com critério explícito: perfil de cliente, momento de compra, interesse real. Cartão de visita sem contexto não entra na conta.

#### Pipeline atribuível ao evento até D+30

Oportunidades criadas no CRM, marcadas com tags como “South Summit 2026” ou “Zoox 2026”. Valor total em R$ e previsão de fechamento.

#### Receita incremental em até D+180

Contratos fechados, upsell em clientes atuais, renovações melhoradas a partir de conversas iniciadas nos três dias de Cais Mauá.

Na hora de atribuir valor a eventos sem venda imediata, ajuda comparar canais:

Frente 2 — Inovação: provas de conceito e parcerias com startups

O South Summit nasceu para conectar startups, fundos e empresas. Programas como CreaLab e TEIA Connect alimentam esse funil ao longo do ano, trazendo talentos e empreendedores de regiões menos óbvias.

Métricas úteis:

#### Startups mapeadas por tese

Listas por tema — casa inteligente, IA generativa, climate tech, logística urbana, saúde digital, educação profissional, agro.

#### PoCs iniciadas pós-evento

PoCs com escopo definido, dono interno e prazo realista. Assinatura de NDA sem projeto claro não entra na conta.

#### Taxa de conversão de PoC em contrato recorrente

Medida em até 12 meses. Se você assina dez PoCs e apenas uma vira contrato, talvez o problema não seja o evento, e sim seu processo interno.

#### Parcerias estratégicas firmadas

Codesenvolvimento, canais de venda, pilotos compartilhados com outras corporações.

Vale a pena tratar inovação em um funil separado, em vez de tentar encaixar tudo no pipeline comercial clássico:

Um gerente de CX de uma operadora de telecom colocou assim, meio irritado:

“Quando misturamos lead comercial com startup de PoC no mesmo funil, ou o vendedor fica frustrado, ou a startup se sente pressionada para virar venda em três meses. Funis separados, paz restabelecida.”

Frente 3 — Marca, mídia e reputação no ecossistema

O estudo de impacto do South Summit com a Alvarez & Marsal, divulgado pelo governo do RS, mostrou que o evento mexe em indicadores econômicos e sociais, não só em hashtags. Para quem investe em marca, faz sentido medir o que sai disso.

Alguns indicadores práticos:

#### Mídia espontânea

Quantidade de menções em imprensa nacional, local e setorial. Alcance estimado. Se a sua equipe de comunicação trabalhar com equivalência de mídia paga, melhor ainda — isso ajuda na comparação com campanhas.

#### Conteúdo de palco

Quantidade de painéis, keynotes e workshops com executivos da empresa. Tamanho médio de audiência. Convites para eventos posteriores (outro bom sinal de reputação).

#### Presença digital

Crescimento de seguidores na semana do evento, engajamento em posts relacionados ao South Summit/Zoox/TEIA, tráfego para landing pages específicas.

Exemplo de quem casou evento com anúncio estratégico

Em 2025, uma edtech paranaense de cursos técnicos lançou seu relatório anual sobre déficit de mão de obra em tecnologia justamente na semana do South Summit. A coordenadora de comunicação combinou:

O relatório sairia de qualquer forma. Usar o South Summit como palco multiplicou a repercussão, gerou citações em veículos nacionais e abriu portas com secretarias de educação de outros estados.

Frente 4 — Talentos: branding empregador e recrutamento

A disputa por talentos de tecnologia e inovação não se resolve só com anúncio no LinkedIn. Eventos como o South Summit, com iniciativas como South Generation, e programas como CreaLab e TEIA Connect criam uma vitrine ao vivo de empresas, gestores e culturas.

Alguns sinais para acompanhar:

Um alerta: se o objetivo principal for talento, talvez não faça sentido torrar orçamento em estande gigante. Muitas empresas conseguem resultados melhores com talks bem posicionados, ações em universidades locais e presença consistente em programas como South Generation.

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Checklist 4 — Planejar o pós-evento antes mesmo de chegar a Porto Alegre

O verdadeiro ROI do South Summit não acontece entre o início da Arena Stage e o bar do happy hour. Ele se desenrola entre D+1 e D+180. E aí mora um dos maiores erros: voltar com a mala cheia de cartões, jogar tudo em uma gaveta e, três meses depois, decretar que “evento não dá retorno”.

Organize o funil de follow-up antes do embarque

O follow-up começa antes da primeira palestra. Sem um funil organizado, até os melhores contatos se perdem.

Alguns combinados que evitam dor de cabeça:

#### SLA de resposta

#### Materiais prontos

#### Critério único de qualificação

Defina campos obrigatórios para o time usar durante o evento, seja em CRM, app ou planilha:

Um CRM simples, ou até uma planilha bem estruturada, com a coluna “origem: South Summit / Zoox / TEIA / CreaLab”, já ajuda a separar o joio do trigo depois.

Agende rituais de aprendizado e ajuste de rota

Mensurar ROI não é só para agradar o financeiro. É a base para tomar decisões melhores de calendário e orçamento.

#### Reunião de debrief até D+7

Com gente de vendas, inovação, marketing e RH. O que funcionou (abordagens, horários, tipos de reunião, palcos)? O que não funcionou (local de estande, discurso, equipe subdimensionada)?

#### Painel simples de indicadores para comparar eventos

#### Decisões a partir de dados, não de FOMO

Micro-história: quando sair de um grande evento foi a melhor decisão

Uma empresa de equipamentos agrícolas de Goiás participou por três anos de uma grande feira nacional de tecnologia, com presença robusta. Em 2024, pela primeira vez, estruturou uma conta de ROI: custo por lead, custo por proposta, receita gerada em 12 meses.

A conclusão foi desconfortável: o evento estrelado tinha custo por oportunidade quase o dobro de um encontro regional de agritech no Sul, que recebia menos glamour, mas trazia produtores e cooperativas muito mais alinhados.

Em 2025, a empresa reduziu pela metade a área de estande no evento grande e direcionou o orçamento para dois encontros nichados no Paraná e no Rio Grande do Sul, combinados com o South Summit para conexão com agtechs. No fim de 2025, o ROI global de eventos subiu — e ninguém na diretoria sentiu falta da “mega estrutura” anterior.

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Checklist 5 — Combinar grandes conferências e eventos nichados em um portfólio mais inteligente

No fim das contas, o South Summit não é um fim em si. É âncora de um calendário de inovação que deveria combinar visibilidade ampla, conversas profundas e acesso a talentos. Eventos como Zoox Data Revolution, TEIA Connect e CreaLab entram como peças táticas, menos vistosas, mas muitas vezes mais cirúrgicas.

Monte o “calendário de inovação” da sua empresa para 2026

Enxergar o ano como um portfólio de oportunidades, em vez de uma sequência de viagens, ajuda a alinhar prioridades.

Algumas decisões estruturantes:

#### Eleger 1–2 grandes eventos âncora

#### Selecionar 3–5 eventos nichados

Para aprofundar temas prioritários:

#### Mapear momentos de lançamento e anúncios

Alinhar esses marcos com datas de eventos aumenta a chance de transformar anúncio em negócio e mídia espontânea.

Use eventos como laboratório de decisões estratégicas

No fim, eventos de inovação servem menos como “showroom” e mais como laboratório. Quem mede bem usa o South Summit, Zoox, TEIA e CreaLab para testar hipóteses, ajustar rota e planejar o ano seguinte com menos FOMO e mais Excel.

Um checklist final, para colar na parede do time:

Micro-história final: três ciclos de eventos, um jeito novo de investir

Uma cooperativa de crédito do interior de Santa Catarina decidiu, em 2023, “levar a sério essa história de ROI em evento”. Montou um painel simples com métricas de negócios, inovação e talentos para cada conferência relevante, incluindo South Summit, uma feira nacional de cooperativismo e encontros nichados de fintech.

Depois de três ciclos anuais medindo tudo, a cooperativa:

O presidente sintetizou o aprendizado numa frase menos inspiracional e mais pragmática:

“Evento bom não é o que sai na TV. É o que aparece no DRE de um jeito que o conselho entende.”

Em 2026, com o South Summit chegando à quinta edição, contrato garantido para 2027 e Porto Alegre consolidada como polo de inovação no país, o recado é simples: se você ainda trata a ida ao Cais Mauá como passeio de inovação, provavelmente está financiando o ROI dos outros.

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Fontes

South Summit Brazil 2026 é lançado apostando na ...

Competição de Startups do South Summit Brazil 2026 tem ...

South Summit Brazil anuncia edição 2026 no Cais Mauá e ...

Lançamento do South Summit Brazil 2026 ocorre nesta ...

A Comprehensive Guide to Event ROI | Cvent Blog